A Base Nacional Comum Curricular (BNCC) reconhece que deve ser dada aos alunos a oportunidade e os meios para uma formação que considere os vários aspectos físicos, emocionais, afetivo, social e cognitivo de desenvolvimento.
Em 2020, foi realizado um estudo com o objetivo de se avaliar o impacto de intervenções de regulação emocional no desempenho escolar e nas habilidades sociais de estudantes que estão iniciando a educação formal.
Os resultados indicam que os programas em regulação emocional podem trazer benefícios para o desenvolvimento das habilidades sociais dos estudantes e podem estabelecer precedente para a melhoria posterior do desenvolvimento acadêmico.
Para saber mais sobre esse tema e ter acesso ao documento original, preencha o Formulario abaixo e voce receberá o documento.
Acabamos de desejar a muitas pessoas um “Feliz Ano Novo”. Alguns apostaram no prêmio aumentado da loteria para buscar um ano mais feliz, com uma possibilidade (minúscula, temos que dizer) de ganhar uma boa soma de dinheiro. Mas, do que depende nossa felicidade?
Pesquisas têm mostrado que o bem-estar e mesmo a felicidade dependem muito menos das circunstâncias e muito mais de atitudes, habilidades e comportamentos (Tkach & Lyubomirsky, 2006). Ou seja, ser feliz está muito mais relacionado com o modo como lidamos com a vida e com certos recursos internos para lidar com ela do que com os acontecimentos em si.
Essa parece ser uma afirmação simples, mas não significa que seja fácil, uma vez que se trata de questões subjetivas construídas ao longo da vida e de mudanças de comportamentos e hábitos arraigados. Mas o fato é que, em certa medida, pode ser um alento saber que mudar algumas pequenas coisas no cotiano pode ter um impacto importante em nossa qualidade de vida e no quanto nos sentimos felizes. E hoje falaremos sobre o potencial da atividade física.
Todos nós temos ouvido há muito tempo que os exercícios físicos são extremamente benéficos para a saúde física. Nisso não há novidade e muitas vezes buscamos incluí-los na nossa rotina pensando em manter o sistema cardiovascular em ordem, perder peso ou fortalecer os músculos para evitar problemas ósseos.
No entanto, nos últimos anos tem havido um crescente interesse das áreas de saúde mental nos benefícios da atividade física para a saúde e bem-estar emocional e psicológico. Uma revisão sistemática (pesquisa que levanta estudos sobre o tema no mundo todo) concluiu que exercícios físicos são recursos valiosos para a promoção da saúde mental e para a redução do risco de desenvolver depressão (Mammen & Falkner, 2013).
A atividade física melhora o humor e diminui o estresse, o que pode aumentar a percepção de bem-estar. Também pode favorecer o contato com a natureza, se é praticada ao ar livre, e aumenta a socialização (por enquanto com distanciamento e uso de máscaras), o que também traz impactos positivos.
É um conhecimento relevante quando se considera que os transtornos mentais acometem em torno de 14% da população mundial. Entre eles, a depressão, um dos transtornos mentais mais prevalentes que, por sua vez, está relacionada à piora da saúde de um modo geral (Hamer et al., 2012) e ao comprometimento da qualidade de vida.
Desse modo, é animador saber que os exercícios físicos são fatores de proteção para a saúde mental, contribuindo para a melhora do humor diário e bem-estar psicológico, já que se pode pensar em uma gama enorme de práticas que os tornam acessíveis e atraentes a praticamente qualquer pessoa.
Além disso, estudos com crianças entre 5 e 18 anos evidenciaram a relação entre atividade física e a melhora do desempenho acadêmico e de habilidades cognitivas, como concentração, memória e inibição de impulsos. E melhores capacidades cognitivas também são fatores de proteção para a saúde mental, o que potencializa a importância da atividade física em todas as idades, especialmente na infância e adolescência.
No último ano, potencializado pelas circunstâncias impostas pela pandemia, se estima que tenha havido um aumento da incidência de transtornos mentais entre a população em geral. A permanência em casa gerou para muitos uma diminuição da atividade física e destacamos aqui o impacto preocupante para crianças e adolescentes.
Assim, este é um bom momento para pensarmos seriamente em como incorporar a prática da atividade física em nossa rotina, de nossos filhos e alunos. Com calma, comece pensando em algo que você goste e que seja relativamente fácil e acessível. Não tenha medo de experimentar uma modalidade e depois mudar. Proponha o mesmo para as crianças e adolescentes.
A saúde do corpo e da mente agradecem!
Referências
Esteban-Cornejo, Irene, et al. “Physical activity and cognition in adolescents: A systematic review.” Journal of Science and Medicine in Sport 18 (2015): 534-539.
Mammen G, Faulkner G. Physical activity and the prevention of depression: a systematic review of prospective studies. Am J Prev Med. 2013;45(5):649–657.
Hamer, Mark, Romano Endrighi, and Lydia Poole. “Physical activity, stress reduction, and mood: insight into immunological mechanisms.” Psychoneuroimmunology. Humana Press, Totowa, NJ, 2012. 89-102.
Tkach, Chris, and Sonja Lyubomirsky. “How do people pursue happiness?: Relating personality, happiness-increasing strategies, and well-being.” Journal of happiness studies 7.2 (2006): 183-225.
Por Alcione Marques
Diretora da NeuroConecte
Mestre em Ciências pela UNIFESP, pedagoga, psicopedagoga Clínica e Escolar
com aprimoramento em Reabilitação Cognitiva.
[vc_row][vc_column][vc_column_text]
O ser humano consegue manter o foco em uma atividade por um tempo limitado, que varia de acordo com a idade. Mas o fato é que frequentemente nos distraímos e nossa atenção não está voltada para o que está acontecendo no aqui e agora, o que empobrece nossa experiência. Um estudo de Harvard, realizado em 2010, aponta que, de todo o tempo que permanecemos acordados, quase a metade dele (47%) é gasto com as distrações
E como conseguir transformar essa dispersão?
Mindfulness (ou Atenção Plena) é a condição de estar atento e mais consciente dos pensamentos, sentimentos e sensações corporais no momento em que as experiências ocorrem, sem reagir de forma automática ou habitual.
O mindfulness, consiste em prestar atenção ativamente a tudo que surgir interna ou externamente. Nos permite aceitar a experiência ao invés de reagir a ela. Isso alivia nossa carga consideravelmente.
Nesta palestra gratuita mindfulness, Luiza Hiromi Tanaka apresentará as bases do Mindfulness e evidências científicas de seus benefícios como:
- redução do estresse e impactos positivos na saúde física e mental
- aumento da capacidade de concentração
- melhora da percepção, foco e criatividade
- aprimoramento da escuta empática
- aumento da habilidade de autorregulação das emoções e dos pensamentos
Conheça melhor o Mindfulness e como incorporá-lo no dia-a-dia, conhecendo uma nova possibilidade para lidar melhor com pressões e situações desafiadoras.[/vc_column_text][/vc_column][/vc_row][vc_row][vc_column width=”2/3″][vc_column_text]
Informações
Dia 17/12/2020
Horário: 19h30 às 21h00
OBS. Utilize o Formulário de Cadastro a seguir para receber todos detalhes da transmissão.
Luiza Hiromi Tanaka
Doutora em Enfermagem pela USP. Professora afiliada do Departamento de Administração e Saúde Coletiva da UNIFESP. Professora orientadora do Programa de Pós-Graduação em Enfermagem da EPE/UNIFESP. Instrutora Senior do Programa Mindfulness para Saúde e Estresse, formada pelo Respira vida – Espanha e Breathworks – Inglaterra.

[/vc_column_text][/vc_column][vc_column width=”1/3″][vc_single_image image=”10710″][/vc_column][/vc_row][vc_row][vc_column][vc_tta_tabs active_section=”1″ title=”EXTRAS”][vc_tta_section i_icon_fontawesome=”fa fa-calendar-check-o” add_icon=”true” title=”Materiais” tab_id=”1607427055326-31e6cb1b-7869″][vc_column_text]Se voce tem interesse em receber nossos materiais extras relacionados a este tema, faça seu cadastro no formulario a seguir ou envie um email para amanda@neuroconecte.com , com seus dados.[/vc_column_text][/vc_tta_section][vc_tta_section i_icon_fontawesome=”fa fa-cogs” add_icon=”true” title=”Proximo Curso” tab_id=”1607427353566-9abf98e6-2413″][vc_column_text]
Mindfulness para a Saúde – método Breathworks-Respiravida
On-line – via Zoom (o link será enviado para o e-mail informado na inscrição)
FEVEREIRO 2021 – Dias 4, 11, 18 e 25/2 – das 18h30 as 21h00
MARÇO 2021 4, 11, 18 e 25 – das 18h30 as 21h00
- 8 encontros semanais de 2,5 horas cada – carga total de 20 horas
- Treinamentos de práticas diversas
- Disponibilização de áudios com meditações guiadas
- Proporciona o aprendizado dos princípios do Mindfulness e sua prática no dia a dia.
[/vc_column_text][/vc_tta_section][vc_tta_section i_icon_fontawesome=”fa fa-street-view” add_icon=”true” title=”Consultoria” tab_id=”1607427055344-f72e5e5d-e918″][vc_column_text]Desenvolvemos estratégias em conjunto com sua empresa ou escola, para a criação de uma cultura mindful no ambiente de trabalho. Esta ação visa aumentar o interesse e engajamento das pessoas em cultivar um estilo de vida mais saudável, ampliando estratégias de manejo do estresse e aumentando o bem-estar.
Estas ações podem ser desenvolvidas por meio de mídias, intranet, cartazes, marketing, vídeos institucionais ou outros, de acordo com as possibilidades e cultura da empresa.[/vc_column_text][/vc_tta_section][/vc_tta_tabs][vc_separator color=”orange” style=”dotted” border_width=”5″][/vc_column][/vc_row][vc_row][vc_column][vc_wp_text title=”Palestra Gratuita Mindfulness”]
[/vc_wp_text][/vc_column][/vc_row]
Especialistas analisam principais problemas que afetam os professores em seu dia e dão dicas para a saúde mental
Lidar melhor com a ansiedade, o estresse e as emoções desagradáveis (também chamadas comumente de “negativas).
Considerado um dos principais desafios que envolvem a saúde mental do professor, já que a atividade docente é uma das profissões que mais exigem trabalho mental.
Se não forem bem manejados, estes fatores podem gerar grande desgaste que repercutem sobre a saúde física e emocional e, assim, afetam significativamente o desempenho profissional.
Nessa perspectiva, vamos abordar a importância de promover a saúde mental dos professores e mostrar como reduzir os impactos do distanciamento social causado pela pandemia de coronavírus na rotina diária. Confira, ainda, dicas da dra. Luciana Mancini Bari, médica do Hospital Santa Mônica e de Alcione Marques, psicopedagoga da NeuroConecte, para a promoção da saúde mental nesse grupo e a importância de buscar ajuda quando necessário. Aproveite a leitura!
A importância da promoção da saúde mental de professores
Uma recente pesquisa sobre o impacto do sofrimento mental dos professores que atuam no ensino público no Paraná destacou a relevância do cuidado com a saúde emocional desses profissionais. O resultado da amostra com 1021 professores revelou os seguintes dados:
- ansiedade em 70%;
- distúrbios psíquicos em 75%;
- depressão em 44% dos entrevistados.
Esses índices demonstram a necessidade urgente de buscar formas de reduzir os efeitos da quarentena na rotina diária desses profissionais. A substituição da modalidade de aulas presenciais pela online elevou a carga de trabalho, aumentou a ansiedade e o estresse e gerou todo tipo de desgastes nesse grupo.
Na verdade, ninguém estava preparado para as mudanças impostas pela pandemia e, para os profissionais da educação, isso teve um peso ainda maior. Fatores como cobranças administrativas e a falta de preparação para essas transformações geraram graves problemas à saúde física e mental dos educadores.
Mediante a urgente necessidade de se reinventar, muitos professores tiveram a saúde emocional abalada pelos desafios impostos por esse cenário. Muitas são as demandas que exigem a rápida adaptação deles a essas situações. Além disso, o ritmo do trabalho virtual pode ser muito mais intenso do que nas aulas convencionais.
Logo, a adaptação forçada ao “novo normal”, a extensa rotina online, o medo da contaminação pela doença, o medo de muitos de perderem seus empregos e a necessidade de manter o isolamento resultaram em grandes impactos psicológicos nesses profissionais. Por isso, a atenção à promoção da saúde mental dos educadores não pode ser negligenciada.
Saúde mental dos professores na quarentena
Promover a saúde mental do professor se tornou ainda mais necessário para superar os desafios impostos pelas aulas digitais. Um estudo publicado pelo Scielo alertou sobre a importância de prevenir o adoecimento mental nesse grupo, dada a complexidade que envolve o trabalho docente nesse contexto de pandemia.
A saúde mental desses profissionais durante a quarentena é um tema de extrema relevância, já que muitos estão ficando exaustos, já que o novo contexto exige que se aprenda novas habilidades em um curto espaço de tempo, o que por si só é cansativo.
Além disso, o trabalho em casa, muitas vezes tendo de conciliar com as rotinas domésticas e necessidades da família geram uma grande sobrecarga. Na maioria das vezes, não há um suporte adequado por parte da direção da escola. Por essa razão, muitos docentes se sentem impotentes diante dos desafios que não conseguem enfrentar sozinhos.
Alguns profissionais — como pedagogos e psicólogos — que poderiam apoiar os docentes nesse momento nem sempre estão presentes. Por conseguinte, os professores estão cada vez mais expostos aos altos níveis de estresse decorrentes do cenário atual da educação que podem levar a transtornos mentais.
Entre os maiores fatores que afetam a saúde mental dos professores, destacam-se:
- desvalorização social do trabalho;
- classes virtuais muito numerosas;
- falta de preparo para lidar com as tecnologias de ensino à distância;
- falta de técnicas pedagógicas para o ensino on-line;
- falta de apoio da gestão escolar;
- relações interpessoais insatisfatórias;
- turmas desinteressadas pelo aprendizado;
- desânimo e desmotivação para o trabalho;
- inexistência de tempo para um adequado descanso;
- cobranças e exigências de qualificação do desempenho.
Dicas para promover a saúde mental do professor
Um ensaio sobre Liderança Educacional, publicado pela Universidade de Harvard (EUA), abordou a importância de proteger a saúde mental dos professores. Segundo os pesquisadores, os docentes percebem a necessidade de promover o bem-estar de seus alunos, mas nem sempre se dão conta da relevância de cuidar da própria saúde mental.
Tendo isso em vista, elencamos algumas práticas para melhorar a condição emocional do professor. Confira!
- Organize sua rotina
Engana-se, quem pensa que dar aula em casa é uma tarefa fácil. Além da necessidade de mais tempo para pesquisar, planejar e elaborar as videoaulas ou podcasts, ainda há o risco de imprevistos que podem surgir durante o dia. Portanto, organizar melhor a rotina e estabelecer um cronograma com as atividades diárias é crucial.
2. Pratique atividade física
Além de fortalecer o organismo contra diversos tipos de doenças, inclusive a Covid-19, os exercícios físicos ajudam a relaxar a mente e promover o bem-estar emocional. Tais práticas se tornam imprescindíveis à diminuição do estresse e ao controle dos pensamentos negativos que comprometem a saúde mental do professor.
3. Desconecte-se
Entre as formas de preservar o auto-cuidado, o controle do uso de dispositivos eletrônicos é um dos mais relevantes. Como o cenário atual trouxe a necessidade do uso constante da tecnologia para o trabalho, os professores precisam buscar um ponto de equilíbrio em suas tarefas diárias.
O ideal é alternar a elaboração das videoaulas com atividades relaxantes, como ioga, caminhada e práticas de instrumentos musicais. Adotar essas medidas ajuda a relaxar o cérebro, além de movimentar o corpo para evitar os danos decorrentes da postura durante o trabalho online.
4. Melhore as relações com os colegas
É fundamental que o corpo docente cumpra as metas estabelecidas pela escola, mas o papel do diretor e dos demais auxiliares é fundamental na organização da demanda.
Melhorar as relações com os colegas e manter uma comunicação eficaz pode diminuir a pressão e as cobranças resultantes da sobrecarga de trabalho.
5. A importância de buscar ajuda
Diante de tudo isso que apresentamos, é preciso buscar maneiras mais adequadas para lidar com a questão emocional dos educadores em tempos de pandemia. Por isso, para garantir uma saúde mental dos professores mais equilibrada, a ajuda profissional é indispensável.
Nessas circunstâncias, somente uma equipe de especialistas está apta a auxiliar os docentes na superação dos riscos associados à rotina escolar.
Um suporte adequado é essencial para o enfrentamento das questões resultantes dessa rápida transformação do contexto educacional.
Como vimos, diversas questões podem prejudicar a saúde mental do professor e comprometer a qualidade do ensino. Logo, a ajuda de uma instituição especializada em saúde mental não pode ser negligenciadas.
FONTE: https://www.vidaeacao.com.br/saude-mental-dos-professores/