Corroborando com nossa experiência na NeuroConecte e estudos que desenvolvemos, pesquisas realizadas em diversos lugares do mundo concluem que os professores são altamente susceptíveis ao desenvolvimento de transtornos mentais, possuindo o risco de sofrerem um desgaste físico e mental mais acentuado do que em outras profissões, por conta das dificuldades materiais e psicológicas associadas ao trabalho dessa classe.
O objetivo deste estudo que destacamos aqui é debater sobre a importância de ações de prevenção e promoção da saúde mental do professor, com foco nos fatores de risco e suas influências para o desencadeamento de transtornos mentais entre docentes de Alagoas.
Trata-se de uma revisão não sistemática de literatura com busca de artigos científicos associado a um relato de experiência de atividades práticas realizadas com professores da rede pública do município de Feira Grande, em Alagoas.
A área da educação recebeu forte influência da globalização e da exigência de máximos desempenho e produtividade, com um acúmulo de funções associado à baixa remuneração. Tal fenômeno, além de comprometer diretamente a qualidade de vida docente, é responsável pelo sofrimento psíquico, podendo muitas vezes levar ao adoecimento.
A saúde mental do educador precisa ser considerada como política pública. Ações de conscientização, diminuição do tabu em relação aos transtornos mentais, dinâmicas de apoio ao professor dentro da escola e oferta de serviços de saúde mental precisam ser pensados.
Referência: DE ALMEIDA TRINDADE, Marcel; MORCERF, Cely Carolyne Pontes; DE OLIVEIRA, Marinalva Santos. Saúde mental do professor: uma revisão de literatura com relato de experiência. Conecte-se! Revista Interdisciplinar de Extensão, v. 2, n. 4, p. 42-59, 2018.
Disponível em: http://periodicos.pucminas.br/index.php/conecte-se/article/view/17609