Por Adriana Fóz.
Um novo ano acabou de inaugurar e já estamos em março. Como o tempo está passando rápido, mais um ano que ficou para trás.
Outro dia li um artigo que dizia que a terra está girando alguns centésimos de minuto mais rápido. Será que é por isso que nós estamos fazendo as coisas de modo mais acelerado? Todavia, além deste dado científico há os adventos tecnológicos da contemporaneidade: internet, aplicativos, fast foods, fast “moods”, fast “tudis”! E não vamos esquecer que cada um de nós quer dar conta de tudo e mais um pouco. Creio que esta é a receita do tempo que passa como um foguete e que vem corroborar com a necessidade que sentimos do dia precisar ultrapassar as 24 horas.
Hoje olhamos para 2018, para o que desejamos ou precisamos e focamos no futuro. O ano de 2017 já foi, é passado. Gosto da metáfora que precisamos levar a vida como dirigimos um carro: Uma atenção moderada e alternada ao espelho retrovisor, que inclusive tem um tamanho bem menor com relação ao vidro frontal do carro. Atenção também moderada para onde queremos chegar, ao destino. E atenção total em como estamos dirigindo, no que estamos vendo, por onde estamos passando, quem e quais outros carros ou pessoas estão a nosso volta- ou seja, o momento presente. No caso do carro, a modernidade trouxe o waze, mas no caso da gestão da vida nossa experiência é que faz o papel deste aplicativo.
E a experiência revela que entre passado, presente e futuro escolha sempre o presente. É hoje que podemos abraçar quem amamos, é hoje que podemos sentir satisfação, é hoje que adquirimos a experiência e é hoje que fazemos planos. Quanta coisa importante podemos fazer no presente! Por isso que o vejo como um Presente. E para que possamos “desembrulhar” este Presente com sua devida importância é necessário vivê-lo usando a sábia palavra: priorizar.
Sim, priorizar é preciso, pois viver não é preciso…
Priorizar é fazer um levantamento das atividades, compromissos e planos. É sentir, refletir e decidir quais serão suas escolhas para um determinado período de tempo, contexto e necessidade.
O que é mais importante, o que não posso deixar de fazer e o que gostaria de realizar. Ponderar quais os custos e benefícios das minhas escolhas, é mais do que preciso… é precioso. -Ah, mas não tenho nem tempo para pensar! Você pode dizer.
Se esta é sua resposta, sugiro: pare! Pare, respire, traga a consciência de que é melhor perder um minuto na vida do que perder a vida em um minuto. Esta é uma frase que sempre ouvi de meu avô e uso sempre que tenho dúvida para tomar uma decisão.
Em alguns minutos podemos pegar um papel, uma caneta e rabiscar nossas prioridades e estratégias para alcançá-las. Posso lhes assegurar que desde que priorizemos sempre ajeitamos um tempo.
Ah o tempo, este sim é nossa maior riqueza. Se não escolhermos um tempo para priorizar, em vez de você controlar a situação, ela controlará você. E é como aprender a dirigir um carro, no começo parece um bicho de sete cabeças e após treinar, automatizamos e conseguimos, além de dirigir, ainda fazer mais coisas. Quem é mulher que o diga!
E falando da mulher, do cérebro feminino, este tem o feixe de neurônios que une os dois hemisférios cerebrais, ou seja, uma região que passa informação de um lado para o outro, mais largo. A priori consegue fazer mais coisas ao mesmo tempo.
Dirigimos, damos bronca no filho de 5 anos no banco de trás, lixamos as unhas no sinal fechado, pesquisamos lojas no trajeto, pensamos na panela que ficou no fogo, no outro filho adolescente que não fez a lição de inglês da aula que começará em 5 minutos, na pilha de provas para corrigir, nas raízes brancas do cabelo que não deu para pintar exatamente quando você irá encontrar outras mães e mais algumas outras “coisas”.
Já o cérebro masculino apresenta este feixe – que é chamado de corpo caloso, mais estreito e de modo didático tem uma comunicação diferenciada entre os hemisférios facilitando que o mesmo se concentre mais em uma única atividade. Por exemplo: a culinária sempre foi atividade feminina e tem homens no lugar de experts; assim como costureiros, cabeleireiros, dentre outras atividades. Que fique claro que estou falando de estrutura e função cerebrais e não de demandas ambientais e competências entre sexos e gêneros. Uma mulher pode sim ser expert em qualquer seara, assim como os homens.
Contudo, será que nós, homens e mulheres, não deveríamos levar mais em conta, pensar, refletir nos caminhos para se alcançar um objetivo? E mais, priorizar para ter mais qualidade de vida?
Será que não seria mais econômico ter se planejado ou ainda priorizado o que era mais importante? Ter apagado o fogo da panela e convidar o filho para um lanche após a atividade e conversar com ele sobre seus divertimentos e atividades extra escolares, já que a aula era de inglês no final do dia. Foi esta a decisão que ela passou a tomar. Gastará um pouco mais, mas será por um determinado tempo.
Priorizar o tempo para uma refeição, preservando a saúde e gastando um pouco mais? Talvez se colocar no papel sairá ainda mais em conta, pois além de médico e remédios custarem, a sua saúde é impagável! Temos os nossos ideais, mas a realidade é feita de possíveis.
Não há receita para qualidade de vida, mas há sempre um caminho para se rever, se organizar e decidir o que lhe é mais importante: o seu presente.
Faça dele o seu maior Presente!
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Blog Unidade Integrativa Santa Mônica
Matéria original disponível em: https://goo.gl/8imGi9